O galo que logrou a raposa




Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!...e em voz alta:

— Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.

— Muito bem! — exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldade e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.

Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:

— Infelizmente, amigo có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.

E raspou-se.



LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1982.



Agora, indique, entre os ditados populares discutidos na atividade 1, aquele que deve ser a moral da fábula.



Conte para a classe por que você escolheu essa moral.



Você e seu colega vão criar uma fábula que tenha a seguinte moral: “Quem ri por último, ri melhor”.

Antes de começar a escrever, você e seu colega devem decidir:

Que animais serão personagens;



Quais são as características desses animais;



Onde se passará a história;



Quando se passará a história;



Qual será o enredo da história;



Quem será o narrador: aquele que conta a história sem participar dela, ou aquele narrador que conta a história e é também seu personagem.

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